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O tabaco e a saúde oral

Hoje em dia, a maioria da população sabe que fumar faz mal à saúde. Pode causar uma variedade de problemas médicos diferentes e, em alguns casos, doenças fatais. No entanto, muitas pessoas não têm noção de que os danos que o fumo do tabaco provoca a nível oral vão para além das manchas nos dentes ou do mau hálito. É uma ameaça silenciosa e que não se vê.

Os efeitos adversos do tabagismo na saúde oral estão bem documentados pela literatura científica. Incluem condições comuns e outras mais raras, desde doenças benignas a potencialmente fatais, como pigmentação dos dentes e de restaurações dentárias, halitose, distúrbios do paladar e do olfato, diminuição da capacidade de cicatrização de feridas (nomeadamente após extracções dentárias ou cirurgias), doença periodontal e consequente perda de peças dentárias, influência no sucesso dos implantes dentários a curto e longo prazo, lesões da mucosa oral como melanose nicotínica, lesões potencialmente malignas e cancro oral. A cavidade oral é um dos locais onde mais claramente se manifestam os efeitos do tabaco, uma vez que constitui a sua porta de entrada no organismo. Aos efeitos nocivos alia-se o efeito do calor induzido pelo fumo, que é composto por cerca de 4000 componentes que são farmacologicamente tóxicos, mutagénicos e cancerígenos.

Os fumadores apresentam níveis mais elevados de bactérias patogénicas junto à gengiva e mostram uma diminuição das defesas gengivais contra o ataque dessas bactérias, o que induz um aumento significativo do risco de aparecimento de doença periodontal. Uma vez instalada num paciente fumador, a periodontite também apresenta uma progressão mais rápida e a eficácia do tratamento periodontal é menor, a maior parte dos pacientes que não respondem adequadamente aos tratamentos periodontais são fumadores (86-90%). A taxa de insucesso da osteointegração dos implantes dentários também é consideravelmente maior entre os fumadores e a manutenção da higiene oral em redor dos implantes e o risco de desenvolvimento de doenças peri-implantares são adversamente afetados pelo fumo. Para aumentar a sobrevivência dos implantes dentários, aconselha-se vivamente a cessação tabágica.

Deixar de fumar é a única maneira de diminuir os efeitos nocivos do tabaco a nível oral e de evitar outros problemas de saúde associados ao hábito tabágico. A capacidade aditiva da nicotina, encontrada nos cigarros, charutos e tabaco de mascar, pode tornar isso especialmente difícil. É por isso importante ter um plano de acção e uma rede de apoio, pessoas para ajudá-lo a cumprir o seu plano. Escreva as suas razões para desistir. Praticar exercício físico, mascar pastilhas de xilitol e manter-se ocupado são alternativas que o podem ajudar a parar de fumar. Converse com o seu médico assistente, com o seu médico dentista ou higienista oral para o aconselharem sobre os medicamentos disponíveis para apoio à cessação tabágica. Tome a decisão, e reúna as suas forças!

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